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Os jovens e os media na Europa

Michel Clarembeaux

Os jovens na Europa

Seria muito pretensioso querer fazer aqui um retrato da Juventude Europeia, dos produtos mediáticos que costumam consumir e dos comportamentos que podem ter como espectadores.

Em primeiro lugar, sabemos que a própria noção de jovens é flutuante. Mesmo que estabeleçamos uma faixa entre os 16 e os 20 anos, encontramos uma heterogeneidade cujas causas são múltiplas

Se a infância pode definir-se mais facilmente em termos de faixas etárias e de níveis de evolução física, mental e afectiva, ao contrário, a juventude, a adolescência, a passagem para a idade adulta aproximam-se e confundem-se. As características parecem, neste caso, depender mais de uma identificação com um determinado grupo socio-cultural.

Esta identificação é, sem duvida alguma, função do ambiente familiar e das circunstâncias económicas, mas também de um conjunto de factores geográficos, históricos e sociais.

Quem são os jovens? Pertencem aos países do Norte da Europa, do mediterrâneo ou são cidadãos de um desses "países de Leste" - como eram conhecidos antes - que entram hoje na Comunidade europeia? São de uma grande cidade, dos arredores de um centro urbano, da periferia ou de uma zona rural? Continuam na escola, encontram-se já no mercado de trabalho ou procuram emprego? Por outras palavras, continuam a cargo da sua família, são economicamente autónomos ou dependem de um subsídio de emprego? Este meio familiar, precisamente, corresponde a um esquema tradicional, trata-se de uma família mono parental ou de uma família recomposta? Há tantas questões que podem modificar profundamente o seu perfil...

Mas estes são apenas alguns parâmetros entre muitos outros e não necessariamente os mais importantes. As origens culturais dos jovens vão, também, mais cedo ou mais tarde desviar a sua trajectória e pesar (muito) no seu itinerário escolar ou profissional. Dependendo de que seja cidadão autóctone ou procedente da emigração, emigrante recente ou de uma família emigrante, regularizado ou não, "com" ou "sem" papéis, o seu percurso será diferente. Este estatuto legal ou esta falta de estatuto, esta relação integração / assimilação ou esta marginalidade, irá acompanhada na quase totalidade dos casos de uma situação económica mais ou menos precária e de um reconhecimento aleatório no país de acolhimento. Sabemos que a condição de emigrante está acompanhada em alguns casos de uma prática ou de uma origem religiosa, que não facilita necessariamente as coisas.

Existem aqui alguns elementos, entre muitas outras questões, que alimentam a diversidade extrema de uma juventude europeia que procura uma identidade num mundo de numerosas alterações tecnológicas, sociais ou éticas. Ao falar desta juventude é necessário, num primeiro momento, por em evidência o "patchwork" que supõe. Mas poderíamos, não obstante, procurar um certo número de pontos comuns no seio deste movimento composto.

Um destes pontos é evidentemente a necessidade de uma tomada de consciência intercultural onde as posturas sociais imediatas se encontram divididas no plano do continente e de todo o planeta.

Outro ponto de convergência consiste em fazer todo o possível para "sair" e para afirmar a sua identidade, a sua personalidade, a sua maneira de ser e de pensar.

Outro elemento que não podemos subestimar é o ambiente mediático que se infiltra em cada um de nós e condiciona em boa parte as nossas origens e comportamentos.

Os jovens e os media

Os jovens, sejam quais forem as suas origens ou os seus hábitos culturais, não escapam a este ambiente mediático. Segundo alguns casos, pode existir uma verdadeira relação de hipnose que se estabelece entre o media e o jovem, ou - o mais habitual - uma frequência assídua que deixa traços na imaginação individual colectiva. Em alguns casos, menos frequentes, o jovem é preparado para situar as mensagens mediáticas em perspectiva e desenvolver à sua vontade o seu espírito crítico. Mas isto significa que recebeu educação e ensino para escapar ao feitiço e relativizar os conteúdos e a forma destas mensagens.

Seja o que for, não esqueçamos que um jovem da Europa ocidental passa bastante mais tempo frente ao ecrã televisivo do que nas salas de aula, quando tem a sorte de frequentar a escola. Assim, entre os seis e os dezoito anos, ou seja, durante a escola primária ou secundária, o jovem passa 11.000 horas em frente ao quadro e 15.000 em frente do ecrã de televisão. E isto sem ter em conta todas os outros ecrãs: computador, game boy, GSM, revistas, anúncios publicitários e outros, sem esquecer as outras tecnologias da imagem e do som, que conseguem interpor-se entre ele e a realidade.

Assim, para além da dificuldade actual de ser jovem e de se auto afirmar, para além da necessária coabitação com o outro e com as outras culturas, para além de uma cidadania que é preciso conquistar e afirmar todos os dias, temos esta relação com os media que é preciso administrar o melhor possível.

Dissemos que estes media estão omnipresentes no universo do jovem europeu. No hit parade, a rádio conservou um nível de audiências privilegiado, sobretudo com o desenvolvimento das rádios livres e da sua programação musical; o computador abre um espaço importante, em geral em todos os países, ainda existe todavia um importante espaço económico para se expandir, o que significa que não consegue destronar a televisão e o vídeo, especialmente quando outros sistemas de multi-difusão se colocam e diversificam a oferta, assim como a multiplicação de produtos derivados.

Mas sabemos que este "hit parade" é provisório e que amanhã todos os outros media ganharão relevo. O telefone móvel é um deles, sobre o qual apenas se suspeita de todas as "extensões" possíveis.

O jovem europeu está, pois, bem situado para beneficiar desta sobre-investigação mediática e das suas recaídas. E se hoje os seus meios financeiros não lhe permitem um acesso fácil a este universo, podemos imaginar que o dia de amanhã - com a ajuda da competência - poderia, também ele, saborear as novidades do mercado e as contribuições culturais associadas.

Uma análise sobre "Os jovens e a Internet" publicado por CLEMI em 2001 mostra-nos que um grande número de rapazes e raparigas visitam páginas de Internet e utilizam as ferramentas de pesquisa. Vêem excertos de vídeo, ouvem música e gostam sobretudo de procurar imagens "pelo gosto de as ver, guardar, reutilizar". Temos também todas as mensagens electrónicas e os jogos de vídeo em directo.

Mas é a música que obtém o seu lugar com a chegada da Internet, ouve-se na Internet ou como fundo enquanto se navega. Navegar na rede e fazer zapping na televisão são, por outro lado, as práticas que mais agradam aos jovens, que tendem a reforçar-se, para alcançar uma maneira de ser ou um modelo de comportamento. Os especialistas em marketing começam a conhecer este carácter versátil e nas suas políticas publicitárias tentam compensar propondo bastantes bens que simbolizam a ruptura ou a transgressão. Isto é bastante evidente em algumas roupas, bebidas, produtos de maquilhagem, mas também para os produtos musicais e audiovisuais em geral.

Parece-nos interessante aprofundar esta relação jovens / media centrando-a nos três temas anteriormente referidos: juventude, interculturalidade, cidadania.

Que imagem dão os media destes três temas? Que representações propõem ao público? Quais são as reacções dos jovens relativamente a estas representações? Que respostas estão preparadas para elaborar? Que produtos alternativos são (ou poderiam ser) postos em cena pelos próprios jovens?

Imagens dos jovens nos media

Aqui também, podemos apenas limitar-nos a algumas pistas de reflexão, e queremos apenas assinalar algumas grandes tendências, sem procurar a verdade científica ou ser exaustivos.

Os media para todos os públicos que falam dos jovens nem sempre são muito agradáveis com eles e raramente são objectivos. Os jovens aparecem como sinónimo de problemas, de delinquência, de violência, de droga, ou de festas de música rave, com maior motivo se são jovens emigrantes os que se representam. Isto surge especialmente em certos documentários sobre meios urbanos ou inclusivamente nos jornais, seja imprensa escrita ou audiovisual.

Os media que tentam apelar a um público jovem são menos severos mas, frequentemente também irrealistas. Pensamos evidentemente nas séries e telenovelas americanas como "Friends", mas também em certas produções europeias do tipo "Ana e os sete", particularmente insignificante e plana, tranquilizadora para os pais. Aborda-se a educação sentimental com todos os efeitos convencionais e os estereótipos tradicionais, em definitivo nada consistente, nada que nos devolva à realidade quotidiana da adolescência. A este tipo pertence C comme ç@, um folhetim de televisão difundido por France 2 que quer ser uma fórmula alternativa às séries americanas tomando como contexto o marco escolar e o princípio da aprendizagem profissional. Mas estamos muito afastados de um reflexo fiel da realidade social.

E entretanto, muitos jovens procuram aqui modelos de comportamento e inclusivamente uma forma de iniciação sexual e afectiva. Para muitos, efectivamente, a assiduidade com este tipo de produto dá-lhes a ilusão de encontrar as respostas a numerosas questões que um jovem pode colocar sobre relações sociais, sexuais, relação adolescentes / pais, o mundo da escola, o mercado de trabalho, etc. Não é estranho que, nesta mesma óptica, sejam numerosos os jovens que se dirigem aos "reality-shows", com a ilusão de poder encontrar ali conselhos e ajuda psicológica indirecta. Estes programas de tele-realidade sofreram profundas alterações no decurso dos últimos anos, mas continuam a monopolizar a atenção dos jovens com as suas falsas promessas de êxito e de celebridade e com pretensiosas lições que lhes propõem no plano sócio-afectivo.

Muitos media para jovens, e pensemos sobretudo nas revistas e em determinados sítios web, têm como objectivo o jovem enquanto consumidor. É certo, especialmente em França com "Jovem e bonita", mas em cada país europeu podemos encontrar o equivalente. "Jovem e bonita" tem uma tiragem de 350.000 exemplares durante os meses de verão. Encontramos rubricas de moda, beleza, música, cinema, estrelas, tratamentos de emagrecimento, abundante correio de leitores e testes para medir a atitude para conquistar ou conservar o rapaz escolhido. Resta dizer que este tipo de produto mediático existe igualmente para os rapazes e que para além da aprendizagem de vida e do amor, encontramos referências aos últimos jogos de vídeo ou às páginas web mais espectaculares

Ás vezes temos a impressão de que nos media a "geração basket" foi sequestrada pelas marcas e pelas "griffes" de roupa sobretudo. Primeiro Chevignon e agora Nike e Adidas. E como a globalização obriga, assinalamos outro lugar comum dos nossos jovens europeus (com dinheiro).

Mas não é preciso globalizar demasiado depressa. Assim, o cinema, especialmente de ficção, conservou uma aproximação mais matizada. Encontraremos retratos a meia tinta da adolescência, evocações das relações pais / adolescentes, quadros do meio escolar, do mundo da aprendizagem, etc. Pensemos, por exemplo, no filme de Nanni Moretti, La stanza del figlio ("O quarto do filho"), que recebeu a Palma de Ouro no festival de Cannes em 2001 e que nos propõe efectivamente um retrato da adolescência, da dificuldade de ser jovem ou, simplesmente, da dificuldade de ser no nosso mundo actual.

Muitos educadores fazem referência a esta produção nas suas aulas ou actividades de animação e integram frequentemente nas suas actividades uma verdadeira aproximação analítica destas obras tanto no plano do conteúdo como no da forma.

Representação da interculturalidade

A problemática intercultural e o diálogo entre as culturas, não estão precisamente no centro das preocupações dos organismos - inclusivamente os públicos - de produção mediática. Há, obviamente, certas excepções nos filmes de ficção, na banda desenhada, determinados documentos televisivos. Mas é sobretudo na "canção de intervenção", na literatura de ficção, nos temas musicais, onde vamos encontrar os exemplos mais interessantes. Mas se pensamos exclusivamente nos media para jovens, apercebemo-nos rapidamente que o intercultural é bastante tímido e - falando claramente - bastante artificial. Os "castings" de telenovelas para adolescentes ou as emissões de "reality-shows" abarcam uma percentagem de negros e magrebinos, que nos dão a impressão que estão ali para tranquilizar a consciência dos produtores. Não escapam aos estereótipos, claro está. O negro é geralmente bastante ingénuo mas amável e serviçal. O magrebino é bom rapaz mas fala muito alto e sabe protestar, mas todo acaba por ficar bem... Desta maneira não despertarão nos jovens uma consciências do intercultural.

Ao contrário, o conceito começa a aparecer nos programas escolares, como tema transversal no mesmo lugar que a cidadania. O intercultural é objecto de certo número de textos que são extractos de ensaios ou de romances. Um romance como Carlota Fainberg de Antonio Muñoz Molina é uma ilustração entre muitas outras do ponto de vista de um relato de ficção que aborda temas como a alteridade, a emigração e as suas consequências, a representação de si e dos outros. A apresentação de uma obra como esta na aula permite aos jovens relativizar e questionar os estereótipos que encontram nos meios de comunicação do grande público.

Estes textos são analisados e discutidos na aula. O intercultural está igualmente presente nos testes e nas investigações em que participam os jovens. Queremos mencionar aqui certas actividades de análise de meios de comunicação em que participam cada vez mais jovens em idade escolar. Estas actividades têm como objectivo ver em perspectiva a sua percepção de mensagens mediáticas e alertar-nos sobre o impacto que a origem sócio-cultural do leitor pode ter numa leitura interpretativa de uma foto de imprensa, por exemplo. O multicultural, ao contrário, converte-se num valor seguro e são muitas as manifestações musicais que chegam a converter-se em verdadeiros santuários para os jovens.

Representação da cidadania

Como já referimos, o que os meios de comunicação para o grande público, televisão e imprensa escrita fundamentalmente, colocam em evidência, não é a cidadania dos jovens mas sim a sua violência, a sua marginalidade inclusivamente em relação aos valores considerados habitualmente como valores de cidadania. O vandalismo jovem está em primeiro lugar, assim como o consumo de drogas, a falta de compromisso humanitário e a apatia política.

Mas podemos imaginar que a cidadania que interessa sobretudo aos jovens de 2004 não se situa no plano nacional, como poderia ser o caso no século passado. O compromisso político do jovem, é frequentemente emocional e centrado em realidades concretas. As suas reivindicações são muitas vezes pontuais, apenas politizadas e sobretudo não institucionalizadas. Estamos longe de uma militância tradicional, actua-se mais por sentimentos ou por rejeição em bloco, sem esquecer uma certa cultura da transgressão.

O seu compromisso existe, e pode ser muito real, situa-se sobretudo a nível planetário. Quioto, Porto Alegre, a não-globalização à acção das ONG, Amnistia Internacional, são causas que os mobilizam. Os jovens, parece, sentem-se mais "cidadãos do mundo", de outro mundo, de um mundo diferente, mais humano, mais pacífico. Mas desta forma, os media para o grande público não se dão conta, e os media para os jovens, é preciso admitir, estão em retirada em relação a estes temas.

Aqui encontramos novamente excepções na canção de intervenção e num grupo de sítios web que querem "ser alternativos" e propõem uma contra-cultura mediática. Dois exemplos são suficientes para nos convencer: Clandestino de Manu Chao, que trata os temas do universalismo na não globalização, da emigração clandestina e sem papéis. Manhattan-Kaboul de Renaud, evoca a juventude sequestrada pela História, as suas guerras e os seus conflitos de interesse.

Uma produção mediática alternativa

Se fizermos um primeiro balanço, podemos efectivamente compreender que muitos jovens estejam irritados pelas representações que os media fazem da juventude ou pela indiferença face a eles, que caracteriza muitas produções mediáticas. Não é, por isso, estranho, que alguns de entre eles desejem exprimir-se através dos media e propor ao público uma produção alternativa, às vezes fraca, mas espontânea e liberta das tensões próprias do meio profissional.

Desta forma, assistimos à eclosão de grupos musicais, que querem situar-se evidentemente no extremo oposto de emissões do tipo "Star Academy", "Pop Stars" e outras. É assim como vemos os jovens - mas ainda são pouco numerosos - criar o seu próprio sítio web, individual ou colectivamente, para explicar quem são e o que querem fazer para o mundo. Outros vão aproveitar certas estruturas de produção apoiadas pelo sector público para afirmar a sua identidade e interpelar ao público sobre aspectos da vida directamente ligados à cidadania. Pensamos numa produção como 1 + 1 = 3, que é um videograma associativo realizado por sete jovens de Bruxelas de origem marroquina utilizando o vídeo para se questionarem sobre a sua identidade cultural e sobre o possível estatuto de uma juventude emigrante, frequentemente prisioneira de culturas divergentes, mas capaz também de trazer nesta divisão cultural uma nova riqueza e uma terceira via.

Estes ateliers de produção de vídeo permitem uma formação na linguagem audiovisual e no material de temas de imagem, de som e de montagem, oferecem a possibilidade aos jovens de fazer ouvir a sua voz e eventualmente continuar a sua aprendizagem para aceder a um nível mais profissional. A formação e o ensino deveriam igualmente estar mais atentos para dar aos jovens tais possibilidades.

Conclusão

Na Idade Média, os clérigos, que tinham adquirido uma grande mestria na língua escrita, não estavam dispostos a partilhar esta mestria com o povo, para proteger assim uma cultura elitista e um monopólio do conhecimento. Paradoxalmente, temos ás vezes a impressão de que esta atitude protectora se perpetua mas, agora, são os poderes económicos os que guardam as chaves que permitem aceder à comunicação de massas.

É preciso reagir. Cabe-nos a nós, professores, formadores, educadores, encorajar iniciativas de expressão dos jovens através dos media e facilitar-lhes o acesso à infra-estrutura de produção, mas também aos canais de difusão que vão dar vida a esta produção e contribuir para modificar a neutralidade e quem sabe desviar também a produção profissional.

Paralelamente, damo-nos conta de que a educação dos jovens através dos media se converteu numa realidade na maioria das instituições escolares europeias, desde o ensino primário, o jovem é exposto à imagem e ao som. Os professores habituaram-se a integrar os meios clássicos (cinema, fotografia, TV, rádio) nas suas aulas mas também as novas tecnologias da informação e da comunicação. Os media são, pois, considerados como auxiliares de aprendizagem.

Mas cada vez mais são numerosos os professores, educadores ou animadores que passam da educação através dos media à educação para os media. O meio de comunicação chega a ser, assim, um objecto de análise ou um meio de expressão. Pensemos que se trata de uma etapa fundamental que pode implicar directamente os jovens no meio de comunicação em todos os seus aspectos (linguagem, tecnologia, representações, sistemas de produção, etc.). São mais frequentemente associadas a produções audiovisuais que lhes são dirigidas e que os conduzem desta maneira a uma certa autonomia e a um maior espírito crítico. Até serem eles mesmos quem concebe e realiza documentos mediáticos simples, não há mais que um passo que pode ser dado graças aos media associativos. Assim o ambiente escolar ou associativo pode envolver os jovens em realizações, onde intervenham como actores ou testemunhas mas também como assistentes e colaboradores, pensamos em trabalhos em vídeo, entrevistas de rua sobre problemas da sociedade. Este tipo de implicação permite-lhes ganhar "intimidade" com os media, entrar nos segredos da realização, e tomar assim consciência do conteúdo do documento. Uma contra-produção credível pode, desta maneira, impor-se progressivamente ao lado de produções profissionais e modificar a imagem dos jovens ajudando-os a construir a sua própria informação e a sua própria imagem.

Estas propostas devem, evidentemente, ser apoiadas no plano europeu. Neste aspecto, o projecto Glocal Youth poderia ser certamente um elemento importante para a tomada de consciência e de acção.


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